Ideias que Passam

2005-11-03

Sereia

Um dia vi alguém que se parecia com o que eu sonho ser uma sereia,
Seu olhos encantavam, as suas curvas prendiam-nos o olhar,
Seus lábios desenhavam-se na sua face, pedindo um beijo,
Seus dentes brilhavam, por mais escuro que pudesse estar.

Um dia sonhei encontrar tal sereia,
Que sabia ser difícil segurar,
Que seria mais escorregadia,
Que uma gota de azeite numa mão molhada,

Oh, mas, como eu gostava de a abraçar,
Sentir a sua pele junto à minha,
Deitar-me a seu lado,
Acariciar as suas costas,
Passar a mão pelas suas nádegas,
Sentir o seu calor,
Olhá-la nos olhos e beijá-la.

Ver o brilho no seu olhar,
Ver o reflexo do meu amor nos seus olhos,
Sentir a vibração do seu corpo,
Sentir o seus lábios húmidos,
A sua língua quente,
Tocar o seu corpo,
Sentir os seus fluidos,
Sentir-me dentro dela,
Sentir o seu desejo,
Satisfazê-la, dando-lhe aquilo que ela mais deseja.

Quantos dias passarão até saber se foi um sonho,
Até saber se será realidade,
Que hipóteses terei neste jogo onde as sereias mergulham no oceano,
Se escondem atrás das rochas,
Nos elevam no ar,
Nos atiram contra a areia,
Sem nunca revelarem se connosco querem ficar.

Oh quem me dera que tal pudesse acontecer,
Beijá-la e abraçá-la
Ao meu lado poder tê-la e por muito tempo a manter.

Diz-me tu sereia o que sentes,
Diz-me tu aquilo que procuras,
Diz-me se não fores tu,
Indica-me onde está uma irmã tua,
Que a mim se possa dar,
Se não fores tu ainda aquela que me está destinada.