Ideias que Passam

2005-02-28

Um olhar, um toque

Encontrei no teu olhar aquilo que procurava,
Sinais de amor que há muito não via,
Senti ao tocar-te, um calor que há muito não reconhecia,
Uma sensação de força que há muito não recebia.

Nas brincadeiras que tivemos,
Nas doçuras que trocámos,
Descobri necessidades em ti,
Que também eu preciso de satisfazer,
Descobri abertura para mais poder procurar.

Imaginei o que poderiam ser,
Trocas de outras doçuras,
A sensação dos sabores que ainda não trocámos,
As sensações que ainda não sentimos.

Desejo abraçar-te,
Aconchegar-me em ti,
Sentir o teu corpo,
Beijar os teus lábios,
Descobrir se há amor,
Naquilo que eu vi no teu olhar.

Que força podem ter as palavras

Quando lemos palavras escritas por alguém,
Acabamos por pensar nelas, por vezes tocam-nos,
Por vezes são-nos indiferentes.

Tocam-nos quando sentimos o mesmo,
Quando são reflexo daquilo que nos vai na mente,
São-nos indiferentes quando nada nos dizem,
Quando não tocam a nossa mente.

Gostamos das que nos tocam,
Porque nos fazer sentir vivos,
Porque nos provocam sensações,
E nos fazem sentir acompanhados,
E muitas vezes felizes.

Encontrar palavras que nos dêem força,
É a nossa busca quando precisamos de apoio,
Quando procuramos conforto
Ou até mesmo quando precisamos de incentivo.

Por vezes necessitamos de ser felizes,
Para na felicidade encontrar a força,
Para passarmos por cima dos nossos problemas,
Para podermos vencer.

Pensamentos fugazes

Pensei em ti uma outra vez,
Sei que és apenas mais uma em que penso,
Apenas mais uma que se diverte na minha mente,
Que os meus pensamentos elevam,
Em sonhos e fantasias.

Será que um dia conciliarei os pensamentos com a realidade?
Será que aquilo que penso não passará um dia para fora do meu íntimo?
Será que se vai concretizar?

Não sei o que pensas,
Não sei se alguma vez estive nos teus pensamentos,
Se em ti e contigo vivi alguma fantasia,
Se contigo deixaste que fosse feliz.

Pensarei ainda durante algum tempo em ti,
Até outra surgir e ocupar o teu lugar,
Será que o vais permitir?
Será que me queres para ti?

Olhar este mar

Este mar tão diferente que se depara na minha frente,
Habituado a ver um mar frio e revolto,
Como é o Atlântico,
Vejo neste mediterrâneo um outro mar,
Um mar quente e doce,
Um mar com histórias diferentes,
Que banha sítios mais quentes,
Sítios onde gente estive que o quis abraçar,
Esses sítios que hoje são locais de esplendor.
Sento-me em frente a um desses sítios de esplendor,
Penso quantas pessoas já viram este paisagem,
Quantas pessoas sentiram este lugar,
Pensaram em como é bom receberem o calor do sol que o banha,
Olharam para este mar calmo,
Imaginaram passeios nele,
Quantos abraços deram junto dele,
Quantos beijos trocaram,
Quantas pessoas o amaram.
Outras pessoas depois de mim o olharão,
Sem dúvida será diferente o que verão,
Mas, não deixará este mar de ser,
Um mar que se deve olhar.

2005-02-21

A bênção do Mar

Há lugares sempre mágicos,
A beira-mar é um deles,
Quer sendo a ver ao longe o mar,
Do cimo de uma arriba,
Quer sendo sentado na areia,
Sentindo os seus odores e os seus salpicos.

De tempos a tempos refugio-me junto a ele,
Confronto-o com os meus pensamentos,
Oiço a sua força, penso nas minhas fraquezas.

Quantas vezes dá-me ele força,
Para enfrentar essas fraquezas,
Quer através das imagens que deixa,
Quer através da beleza que transmite.

Quando estou perto do mar, sinto me sempre bem,
Por muito triste que esteja, penso sempre naquela vastidão,
Sinto o seu abraço,
Não há abraço maior que a vista do oceano pode transmitir.

E quando me afasto,
Penso que sorte tenho,
Por poder desfrutar de tais momentos só,
Não é que a companhia de alguém me faça sentir outra coisa,
Mas, não é a mesma coisa do que a admiração que sinto quando estou só.

E quantas vezes já o mar abençoou relações mantidas,
Acarinhou momentos de ternura,
Beijou corpos unidos,
Cimentou amizades profundas.

Estar perto de ti, um sonho,
Desfrutar contigo o mar, uma alegria,
Deixa de ter incertezas, vem até mim, abraça-me com força,
Deixa-me levar-te até ao mar, e assim sermos felizes.

2005-02-16

Há dias assim!

Há dias em que vivemos sem sabermos mesmo o que nos move,
Há dias que olhamos e nada conseguimos ver,
Há dias que procuramos e não conseguimos encontrar,
Há dias que ouvimos, mas nada nos diz.

Contudo o que queremos são os dias que nos ficam na memória,
Dias que vivemos e nos sentimos bem com a vida.
Olhamos e as imagens que vemos, são memorizadas,
Conseguimos encontrar aquilo que nos conforta,
Guardamos aquilo que nos dizem.

Não queremos que todos os dias sejam assim,
Apesar de que gostávamos que fossem,
Não queremos estar sempre bem com tudo,
Mas não nos importávamos, oh, e como tentamos.

Gostaríamos de só guardar imagens de que gostamos,
Sejam das pessoas que nos rodeiam,
Dos locais que visitámos,
De tudo aquilo que nos fez sentir felizes.

Oh quem me dera encontrar aquela que me pode confortar,
Ouvi-la falar e suas palavras preservar,
Querê-la tanto que o amor esmagasse o coração,
Guardar as imagens desse amor em comunhão.

Mas, como fazê-lo, se a não consigo encontrar,
Ou se já a encontrei nunca cheguei mesmo a encontrar.
Como apanhar o peixe que se quer se nem sempre o isco é o adequado,
Ou o peixe não se sente atraído por ele.

Tantas vezes pensei que já o tinha encontrado,
Tantas vezes sofri por assim não o ser.
Como fazer para então descobrir,
Alguém que me preencha as memórias.
Alguém que me faça feliz.

2005-02-15

Pôr do Sol - Momento Mágico


Pôr do Sol no Cabo de S. Vicente, momento do dia mágico, num local cheio de coisas que nos arrepiam e nos tocam. Posted by Hello

2005-02-11

Caminhos

Que caminhos são estes que percorremos,
Que a cada curva nos trazem surpresas,
Que cada recta nos mantêm atentos,
Que a cada subida nos deixam sem ar,
Que a cada descida nos permitem o fôlego recuperar.

Tantos caminhos diferentes já percorri,
Caminhos novos que tentei conhecer,
Que rumo devo seguir agora,
Quando há tanto ainda por descobrir.

Muitas vezes percorri-os só,
Noutros acompanhado,
Sempre acreditando,
Que algo haveria que encontrar.

Tantas vezes assim foi,
Quantas vezes agradeci os passos que dei,
Quantas vezes penso como era bom retornar,
E esses caminhos voltar a calcorrear.

Acredito que continuarei a caminhar,
E novos caminhos irei encontrar.
Nalguns entrarei,
Pois sempre por um terei que caminhar.

Novos caminhos poderei traçar,
Ser o primeiro a por eles caminhar,
E talvez no fim encontrar,
Nova companhia para continuar.

2005-02-09

O que as palavras significam

Sei que há quem espere,
Para ler as palavras que escrevo,
Que há quem nelas se reveja,
Que há quem nelas procure algo que não sei bem o que é.

Escrevo seguido a intuição do momento,
Seguido os sentidos que me assolam,
Os pensamentos que me flúem no momento,
Pensando em alguém a maior parte da vezes.

Alguém indiferenciado,
Alguém que não sabe quem eu realmente sou,
Alguém que não sabe o que eu sinto,
Alguém por quem não sei o que verdadeiramente sinto.

Dizem-me, quem lê, que o que escrevo lhes toca,
Que se revêem nas minhas palavras,
Será que quem eu quero que leia, alguma vez o fará?

Mas, que significam estas palavras para quem as lê?
De que forma lhes toco, de que forma as poderei inspirar,
Será que realmente o faço, será que é possível fazê-lo?

Quando escrevo, nos meus pensamentos aparece a saudade,
Saudade de amar, saudade de ter alguém com quem partilhar,
Porque será que quando escrevo,
Aparece sempre o desejo por algo que agora não tenho?

Gostava que estas palavras tocassem alguém,
A fizessem pensar em mim e que comigo isso conseguisse partilhar,
Que partilhasse as suas palavras e os seus desejos,
Ideal seria que preenchesse este vazio,
Vazio que tantas vezes desejo ver preenchido.

2005-02-03

Sonhos

Sonhos tive em que contigo estava,
procurava o teu carinho, a tua compreensão.
Procurava o teu amor, a tua relação.

Umas vezes era correspondido,
o que me fazia de ti aproximar.
Outras vezes rejeitavas-me
e de mim parecia que querias fugir.

Senti muitas vezes que era possível.
Que te estava muito perto e que também me querias.
Outras vezes, parecias afastar-me, sem me quereres realmente longe.

Há tanto tempo que não te vejo, há tanto tempo que não te oiço.
Porque será que contigo sonho?
Porque será que senti que se tu o quisesses,
poderias conquistar o meu coração?

Só não sei é realmente a razão porque contigo sonhei.
Será que o meu amor já é teu sem ambos o sabermos.
Será que já me conquistaste sem o saberes.

Que feitiço é este que entra em nós e nos deixa assim.
Que me faz sentir que te quero,
sem nunca ter estado próximo de te ter.

Será um sonho? Será um pronuncio?
Será subconsciente? Ou será consciente?
Vontade tenho de te dizer,
receio contudo não ser correspondido
e por isso não o digo.

Sonhos continuaremos a ter,
quão longe estarão eles da realidade,
quantos deles se realizarão,
quantos deles não passarão mesmo só de sonhos.